domingo, 10 de março de 2013

Câmara Municipal de Niterói reage a atentado na OAB-RJ

Logo após o atentado à bomba, ocorrido dia 07/03/2013 na OAB-RJ, o vereador Leonardo Giordano reapresentou seu Projeto de Lei 00029/2013, que institui a Comissão Municipal da Verdade em Niterói. “É inadmissível que, em 2013, ainda tenhamos que presenciar ações terroristas de grupos reacionários e saudosistas do golpe militar de 1964. Nossa democracia ainda está, sim, ameaçada”, ressaltou Leonardo.

De acordo com o sub-secretário Renato Almada, que responde pela Coordenaria de Defesa de Direitos Difusos em Niterói (CODIR), o Projeto do vereador tem todo o apoio da OAB-RJ e da Comissão Estadual da Verdade, presidida por Wadih Damous, ex-presidente da entidade.

“Dr. Wadih poderá vir a Niterói na próxima semana para me acompanhar numa visita à Câmara, no objetivo de convencer os parlamentares a votarem com urgência a criação da Comissão Municipal da Verdade de Niterói”, destacou Almada.


Atentado contra OAB é afronta a democracia

Impunidade nos atentados do passado estimulam novos atentados agora, simbolicamente na OAB/RJ.

As pistas óbvias muitas vezes sugerem pistas forjadas para induzir a conclusões precipitadas. No caso da OAB, o autor do atentado teria mandado um recado, como sendo os mesmos que mataram Dona Lida Monteiro, do tipo"estamos vivos e ativos", numa ameaça que sabem não intimidar as pessoas responsáveis pela elucidação dos crimes de estado no período ditatorial, mas certamente podem intimidar cidadãos simples que possam fornecer provas desses crimes e até testemunhos que incriminem alguns agentes do estado que tenham participado desses crimes. 

Pista relativamente fáceis de perseguir, estão no processo e nos noticiários da bomba que vitimou Dona Lida e não foi levado adiante por que estávamos sob uma ditadura.

O principal suspeito à época teria o mesmo que décadas antes colocou uma bomba na exposição russa e poderia der causado uma verdadeira chacina. Esse terrorista (que nem sei se ainda está vivo), quando foi liberado por um judiciário sempre cúmplice dos crimes da ditadura, trouxe à luz um sinistro grupo de empresários do Rio. Intitulados clube de Dobermans que com seus carrões importados e trazendo encoleirados e sem focinheiras seus não menos sinistros cães de raça, levando o suposto assassino para festejar a impunidade em algum casarão de Santa Tereza ou na sede do próprio clube. Tudo as claras com direito a fotos nos jornais da época.

Poderia também seguir outras bombas, as colocadas em bancas de jornais, na câmara dos vereadores, no Rio Centro e outras que não me lembro agora, até a colocada no monumento aos operários de Volta Redonda mortos no governo Sarney, explodida no primeiro primeiro de maio após a constituinte. Seguir as pistas óbvias deixadas nos tempos de impunidade total, se não levar aos terrorista que hoje tentam intimidar a ação das Comissões da Verdade, pode nos levar às verdades daqueles atentados até hoje impunes e no mínimo evidenciar que os crimes impunes incentivam crimes semelhantes no presente e no futuro.

Fonte: Jornal Rede Democrática

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