domingo, 10 de março de 2013

Chávez é homenageado pelas centrais e movimentos

Por Deborah Moreira. As homenagens ao presidente Hugo Chávez, que morreu na terça-feira (5), não param. Durante a 7ª Marcha a Brasília, promovida pelas Centrais Sindicais, na quarta (6), ele foi lembrado pelos cerca de 65 mil trabalhadores reunidos. Participaram da atividade todas as centrais sindicais, movimentos sociais e movimentos estudantis.


A notícia da morte do presidente Hugo Chávez chegou na véspera da marcha, comovendo a todos. Por conta disso, a todo instante durante todo seu percurso o líder venezuelano era lembrado e saudado.

Uma das bandeiras de luta das centrais e movimentos sociais presentes na marcha, é a redução de jornada de trabalho para 40 horas semanais que o presidente Hugo Chávez adotou na Venezuela.

"É bom lembrar que uma das últimas decisões estruturantes de Hugo Chávez foi a mudança do contrato de trabalho na Venezuela.Lá ele reduziu a jornada de trabalho para 40 horas", reforçou Divanilton Pereira, que em seguida elencou as demais bandeiras de luta levadas à atividade.

"É uma agenda de caráter estratégico como o fim do fator previdenciário, a inclusão da votação das conveções da OIT [Organização Internacional do Trabalho] 151 e 158, que versam sobre a regulamentação do direito de greve dos funcionários públicos e a manutenção do emprego", completou o dirigente da CTB.

Outro posicionamento dos trabalhadores durante a marcha, foi o baixo desempenho da economia brasileira em 2012, o qual Divanilton destacou: "Os trabalahdores se posicionaream em função do fraco desempenho da economia em 2012, que só cresceu 0,9%, que teve dois componentes que se destacaram: o baixo investimento relativo do governo, e o consumo das famílias, que resulta da renda, do poder aquisitivo do brasileiro. É por isso que também estamos aqui", disse.

As bandeiras de luta das mulheres também tiveram destaque no ato, que contou com a presença de trabalhadores rurais, que estavam reunidos no 11º Congresso da Confederação Nacional dos Trabalhadores na Agricultura (Contag), que aconteceu em Brasília.

No calor da multidão, Divanilton Pereira fez questão de falar do êxito da Marcha a Brasília. De acordo com a polícia militar presente na atividade, 65 mil pessoas estavam reunidas nas ruas de Brasília.

"Essa 7º marcha é a maior de todas as marchas. Alguns falam em 60, 65 mil pessoas presentes. É uma marcha de muita repercussão, de muita qualidade, e que tem bandeiras focadas no trabalho. Ela inaugura o ano de 2013 colocando um forte protagonismo político dos movimentos sociais", concluiu Divanilton Pereira. 

Ao final do dia, após encontros com parlamentares, os dirigentes sindicais, homens e mulheres, entregaram à presidenta Dilma o documento que contém as reivindicações dos movimentos sociais do país.

Centrais de luto

Todas as centrais sindicais se manifestaram, por meio de nota ou dando declarações, diante da perda do líder venezuelano Hugo Chávez.

“Em seu governo, Chávez demonstrou que é possível crescer combatendo a miséria e privilegiando o povo: os venezuelanos abaixo da linha da pobreza eram quase metade da população e passaram para 27,8% durante seu governo. A taxa de mortalidade infantil diminuiu de 27 por mil para 14 por mil. O acesso à água potável subiu de 80% a 92% da população e o consumo de alimentos cresceu 170%”, quantificou a nota da Central Única dos Trabalhadores (CUT).

Já a Força Sindical, além de lamentar, pediu a máxima atenção a esse momento de transição para que todo o processo democrático seja de fato respeitado.

"Lamentamos a morte de uma grande liderança da America latina e também esperamos que o processo democrático na venezuela seja respeitado, seja cumprido o que determina a constiutição do pais. Que a transição seja feita dentro do esperado e de forma pacífica", declarou ao Vermelho Nilton Neto, secretário de Relações Internacionais da Força.

Neto frisou o papel articulador e incentivador da unidade latino-americana que Chávez desempenhou, sendo importante no processo de desarticulação da Alca.

"O Brasil e outros países da América Latina, que vivem um bom momento politicamente, devem muito a Chávez. Ele foi um grande incentivador da unidade latino-americana, desde a criação do Mercosul sabemos das dificuldades em incentivar as relações comerciais na região. Antes, privilegiávamos a relação com países do Norte ou europeus, esquecendo de trabalhar em conjunto com os parceiros vizinhos. Também vale lembrar que Chávez foi um dos grandes protagonistas na derrota da Alca. É inegável isso", reconheceu o secretário da Força Sindical.

Mais de 50 mil manifestantes saúdam Chávez em Brasília

Por Leonardo Wexell Severo

Marcha da Classe Trabalhadora e dos Movimentos Sociais destaca necessidade de fortalecer o mercado interno para avançar com mais salário, emprego e direitos.

Mais de 50 mil manifestantes tomaram a Esplanada dos Ministérios, em Brasília, nesta quarta-feira (6) para defender a pauta da classe trabalhadora, que enfatiza a necessidade de ampliar os investimentos públicos em infraestrutura e nas áreas sociais, fortalecer o mercado interno e redistribuir renda, execrando o receituário neoliberal de arrocho e precarização de direitos que tem vitaminado a crise nos países capitalistas centrais.

Contando com a participação de baterias de escolas de samba e bloco de baianas, a sétima Marcha das Centrais Sindicais e Movimentos Sociais por “Cidadania, Desenvolvimento e Valorização do Trabalho” homenageou o presidente venezuelano Hugo Chávez – falecido terça-feira – “pela sua abnegação em defesa da soberania e da integração latino-americana”, e a luta feminista, ainda mais reforçada às vésperas do Dia Internacional da Mulher, por “igualdade de salários e de direitos”.

Concentrados desde as primeiras horas da manhã em frente ao estádio Mané Garrincha, militantes da CUT, CGTB. CTB, Força Sindical, NCST e UGT se revezavam nos caminhões de som para defender sua pauta. “Estamos pressionando para que o governo e o Congresso melhorem sua relação com os movimentos sindical e social e cumpram seus compromissos com a sociedade, o que não está ocorrendo”, declarou a presidenta estadual da CUT Minas Gerais, Beatriz Cerqueira, à frente de uma caravana de 27 ônibus.

48 HORAS DE BUSÃO

Para cobrar atendimento às suas reivindicações, dezenas de milhares de trabalhadores e trabalhadoras encararam longas jornadas. Um dos tantos exemplos, a delegação da Federação dos Municipários do Rio Grande do Sul levou 48 horas de ônibus para somar sua voz. Na Marcha, uma das prioridades da categoria é a regulamentação da Convenção 151 da Organização Internacional do Trabalho (OIT) que estabelece a negociação coletiva no serviço público. “Essa é uma das tantas demonstrações coletivas de compromisso com a luta que tão bem caracterizam a militância cutista. Sabemos que a conquista é fruto das batalhas e que mudanças estruturais como as que estamos propondo vão exigir muito empenho, unidade e mobilização da base”, declarou o presidente da CUT-RS, Claudir Nespolo.

AMPLIAÇÃO DA LICENÇA-MATERNIDADE

Em frente às tendas das centrais, a coordenadora do Coletivo de Mulheres da Federação dos Trabalhadores na Agricultura Familiar (Fetraf-Sul), Cleunice Back, colhia assinaturas pela obrigatoriedade da licença-maternidade de seis meses a todas as mulheres trabalhadoras. “Precisamos alterar o conteúdo da Lei 11.770, que facultou a prorrogação da licença-maternidade por mais 60 dias para as trabalhadoras urbanas. Queremos que seja tornada obrigatória a concessão de licença maternidade pelo período de 180 dias para trabalhadoras urbanas e rurais”, disse Cleunice, apontando que a própria Organização Mundial da Saúde (OMS) defende a necessidade desses seis meses iniciais de contato mãe e filho para assegurar uma vida mais saudável, o que também diminuirá os custos dos governos com o setor.

A secretária nacional da Mulher Trabalhadora da CUT, Rosane Silva, apontou a relevância “deste momento de luta para afirmar a pauta feminista”. Um dos projetos de lei prioritários para as mulheres cutistas, recordou, é o PL que prevê que as empresas privadas e públicas tenham comissões internas para discutir o tema das mulheres nos locais de trabalho. “Isso é chave para debatermos a questão da igualdade salarial, das condições de ascensão profissional, o fim do assédio moral e sexual. Mas há muita resistência do empresariado no Congresso Nacional”, denunciou.

Recepcionando as caravanas,o presidente da Confederação Nacional dos Metalúrgicos (CNM), Paulo Cayres, avaliou que a realização de uma Marcha com tamanha magnitude “amplia infinitamente o poder de barganha dos trabalhadores”. “O foco dado ao fim do fator previdenciário, que é um estelionato nos ganhos do trabalhador que se aposenta, e na redução da jornada teve grande receptividade, mas é preciso ir além e lutar para que se ampliem os investimentos no nosso país e impedir que a redução dos juros sirva apenas para alimentar o lucro dos patrões. É preciso redistribuir renda”, acrescentou Paulão.

Para o coordenador do Coletivo dos Trabalhadores Indígenas do Mato Grosso do Sul, José Carlos Pacheco, a Marcha acertou em cheio ao unificar a atuação conjunta entre movimentos sindical e social, “pois amplifica lutas comuns, o que coloca pressão para que sejam atendidas mais rapidamente”.

Secretário Nacional de Juventude da CUT, Alfredo Santos Júnior acredita que bandeiras “como a redução da jornada de trabalho são essenciais para conciliar trabalho com estudo, assim como a luta pelos 10% do PIB para a educação e o trabalho decente”. “Hoje temos 67 milhões de jovens, com mais pessoas na população economicamente ativa do que na Previdência, tendência que deve se inverter em 2050. Então, é o momento de aproveitarmos este bônus geracional para pensar lá na frente, para valorizarmos a seguridade, para dar melhores condições para a Previdência pública”, ressaltou.

VAGNER: "CHÁVEZ ESTÁ PRESENTE!"

Diante de um mar de faixas e bandeiras que cobriram a frente do Congresso Nacional, o presidente da CUT Nacional, Vagner Freitas, fez uma saudação especial ao presidente Hugo Chávez, que junto com Lula lutou para construir uma integração inclusiva, com base na soberania e na autodeterminação de nossos países e povos, e não na submissão a quem quer que seja. Em frente ao caminhão de som convertido em palanque a CUT ergueu uma grande faixa com o rosto do presidente venezuelano e os dizeres “Hugo Chávez, presente!”.

Em sua saudação, Vagner Freitas lembrou que todas as conquistas obtidas pelos trabalhadores no último período, como a política nacional do salário mínimo, se deveram à atuação unitária das centrais, mais do que nunca afinadas pela redução da jornada para 40 horas semanais, o fim do fator previdenciário, 10% do PIB para a educação, negociação coletiva no setor público, reforma agrária, 10% do orçamento da união para a saúde, combate à demissão imotivada, valorização das aposentadorias, salário igual para trabalho igual entre homens e mulheres, correção da tabela do Imposto de Renda e mais investimentos.

“A CUT afirma em alto e bom tom: a ação conjunta fortalece o nosso protagonismo. Hoje não vamos apenas entregar nossa pauta à presidenta Dilma, mas defender que se consolide um processo de negociação perene com o governo, como se fosse uma grande Campanha Nacional Unificada das centrais, que garanta avanços, fundamentais para a sustentação do projeto democrático e popular que ela representa”, declarou Vagner Freitas. Na avaliação do dirigente da CUT medidas como a desoneração da folha de pagamento sem contrapartidas sociais acabam atendendo apenas o capital, sem contemplar as necessidades dos trabalhadores.

Várias confederações, federações e sindicatos cutistas também empunharam bandeiras contra a MP 595, “em defesa do patrimônio público nacional, dos empregos e dos direitos dos portuários” e contra os leilões do petróleo, anunciados pelo governo para os próximos meses.

Distribuído amplamente em Brasília, o jornal das centrais manifestou sua solidariedade com os trabalhadores portuários e petroleiros, “mobilizados em defesa do patrimônio público nacional, diante das ameaças de privatização e das concessões em curso”. Tais medidas governamentais, alertam as centrais, “permitem que as transnacionais – vitaminadas com financiamentos públicos via BNDES – avancem sobre setores estratégicos da nossa economia, comprometendo o desenvolvimento soberano do país”.

O presidente da Federação Nacional dos Portuários, Eduardo Guterra, ressaltou o empenho da CUT no enfrentamento aos graves problemas criados pela MP 595, e listou cinco pontos prioritários para serem resolvidos: a isonomia entre portos públicos e privados; a contratação dos trabalhadores via Órgão Gestor da Mão de Obra (OGMO); impedir a privatização das atividades portuárias; manter a guarda portuária e garantir maior autonomia aos Estados.

O avanço do salário mínimo de um patamar de 54 dólares para mais de 300 dólares, lembrou o presidente da Força Sindical, Paulo Pereira da Silva, é resultado da unidade e da mobilização das centrais. “Se hoje a economia teve um pequeno crescimento ainda, é graças à atuação do sindicalismo, que conseguiu aumento real”, frisou Paulinho.

Saudando a unificação das bandeiras do povo brasileiro, o presidente da União Geral dos Trabalhadores (UGT), Ricardo Patah destacou que “além de mostrar a força das centrais, a Marcha demonstra sinergia e compromisso com os interesses dos trabalhadores e trabalhadoras”. Uma das nossas prioridades, sublinhou Patah, “é o fim do fator previdenciário, uma indignidade que penaliza o trabalhador que deu sua vida, sangue e suor com um redutor de 40% quando mais precisa”.

A unidade da classe trabalhadora também foi apontada como um instrumento estratégico de "luta e de conquista" pelo presidente da Central Geral dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil (CGTB), Ubiraci Dantas de Oliveira (Bira), que reiterou ser necessário "ampliar os investimentos públicos para que o país avance de forma significativa no caminho do desenvolvimento, com mais salários, empregos e direitos". "A defesa do nosso mercado interno, da nossa indústria, dependem de maior investimento público e da prioridade do governo para as empresas genuinamente nacionais", asseverou Bira.

Para o presidente da Nova Central SIndical dos Trabalhadores (NCST), José Calixto Ramos, "essa não foi uma simples marcha, mas a marcha da integração nacional, que sublinhou a necessidade da valorização dos salários como alavanca propulsora da economia do país". Calixto defendeu uma ação redobrada do movimento sindical brasileiro contra as terceirizações e a precarização do trabalho.

O presidente da Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil (CTB), Wagner Gomes, enfatizou que é hora do Congresso Nacional votar questões de interesse do povo brasileiro, do trabalho e não só do capital. Destacando a importância de uma maior pressão sobre o governo e o parlamento, Wagner lembrou a atuação destacada de senadores como Paulo Paim (PT-RS) e Inácio Arruda (PCdoB-CE), em especial pela redução da jornada de trabalho para 40 horas semanais sem redução de salário.

Com morte de Chávez, mundo perde um grande líder comprometido com o povo

CUT ressalta em números as mudanças da Venezuela de Hugo Chávez. Abaixo a nota de pesar da Central Única dos Trabalhadores (CUT) que fez questão de quantificar o tamanho da mudança no país vizinho durante o governo de Hugo Chávez. "Em seu governo, Chávez demonstrou que é possível crescer combatendo a miséria e privilegiando o povo: os venezuelanos abaixo da linha da pobreza eram quase metade da população e passaram para 27,8% durante seu governo", diz um trecho do documento. Confira a íntegra da nota:

Presidente venezuelano deixa legado de defesa dos pobres e amor por sua pátria e pela América Latina

Com grande pesar, a Central Única dos Trabalhadores lamenta a morte do presidente da Venezuela, Hugo Chávez, que faleceu nesta terça-feira (5), aos 58 anos, vítima de complicações causadas por um câncer na região pélvica.

Da mesma forma que lutou para ver sua pátria livre de governos saqueadores, que a destinavam a uma realidade de elites enriquecidas pelo petróleo e uma população majoritariamente miserável, comandante Chávez enfrentou a doença para continuar a liderar seu povo.

Seu legado e o recado de que é possível acreditar num mundo justo e igualitário permanecem. Certamente, a América Latina que queremos, socialista, solidária, integrada, não avançaria como avançou nos últimos anos não fosse a contribuição do homem que sempre teve como referência Simón Bolívar, responsável por tornar a Venezuela independente dos espanhóis.

Em seu governo, Chávez demonstrou que é possível crescer combatendo a miséria e privilegiando o povo: os venezuelanos abaixo da linha da pobreza eram quase metade da população e passaram para 27,8% durante seu governo. A taxa de mortalidade infantil diminuiu de 27 por mil para 14 por mil. O acesso à água potável subiu de 80% a 92% da população e o consumo de alimentos cresceu 170%.

A taxa de escolaridade cresceu de 40% para 60% e, de acordo com a Unesco, o país também ficou livre do analfabetismo.

Como em qualquer revolução, o comandante bolivariano colecionou desafetos conservadores, especialmente a velha mídia, inclusive brasileira, que sempre o considerava um ditador. Os meios de comunicação não citavam, contudo, que Chávez participou de 14 eleições e referendos, saindo vencedor em todas elas.

A última, em outubro de 2012, com 54,42% dos votos. Mas, dessa vez, o líder bolivariano sequer pode ascender ao cargo que ocupava desde 1999 e assumiria pela quarta vez.

A morte de Hugo Chávez nos deixa mais carentes de líderes que sonham e praticam o que pregam. Sua jornada, porém, certamente inspirará muitos outros sonhadores.

Obrigado, comandante.

"Por Cristo, o maior socialista da história, por todos os feridos, por todo o amor, por todas as esperanças que serão realizadas por essa maravilhosa Constituição, mesmo que custe minha vida. Pátria, socialismo ou morte!" (Chávez, ao iniciar novo mandato presidencial, em 2007)

Direção Executiva da CUT

Somos todos Chavéz!

A Todos Nossos Companheiros e Companheiras,

Nesta terça-feira, 5 de março, faleceu em Caracas o grande presidente Hugo Chávez.

A Venezuela e toda a Grande Pátria da América sofrem uma perda irreparável com o desaparecimento de um de seus maiores líderes, guerreiro da luta contra o imperialismo e defensor incansável da justiça e da soberania das nações.

Seus ideais se tornam mais fortes em nossos povos!

Seu imenso legado continuará a iluminar todos os venezuelanos e os povos de nossa América que, inspirados pelo seu exemplo, continuarão a luta que nos levará a nossa independência!

Somos todos Chavéz!

Viva o povo venezuelano!

Viva a unidade de nossa América!

São Paulo, 6 de março de 2013

Direção Nacional da CGTB

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